quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Vai um pouco de sangue ai???

Vampiro

 

O vampiro é um personagem muito comum na literatura de horror e mitologia, existindo tantas versões do seu mito quanto existem usos desse conceito. Segundo a lenda, vampiro é um ente mitológico que se alimenta de sangue humano. Alguns pontos em comum são o facto de ele precisar de sangue (preferencialmente humano) para sobreviver, de não poder sair na luz do Sol, de se transformar em morcego e de poder ser posto em torpor temporário por uma estaca no coração. Segundo a lenda, os vampiros podem controlar animais daninhos e noturnos, podem desaparecer numa névoa e possuem um poder de sedução muito forte. Formas de combatê-los incluiriam o uso de objetos com valor sagrado tais como hóstia consagrada, rosários, metais consagrados, alhos, água benta, etc.
Histórias sobre vampiros são bastante antigas e aparecem na mitologia de muitos países, principalmente dos da Europa e do Médio Oriente, na mitologia da Suméria e Mesopotâmia, onde surge como filho de Lilith, se confundindo com Incubus. Contudo as referências mais antigas a seres vampíricos vêm do Antigo Egipto, destacando-se nesta mitologia a sanguinária Sekhmet e o Khonsu do Pre-Dinástico, como é bem visível na tradição vampírica da Aset Ka.

 

Ocultismo

O vampirismo é também uma vertente obscura e misteriosa dos estudos ocultistas, baseado em espiritualidade predatória. Os conceitos de vampirismo sob esta análise distinguem-se do vampirismo observado na ficção bem como os conceitos espalhados pela sua mitologia. É uma antiga tradição de mistérios, em que os seus defensores referem que data desde os tempos do Antigo Egipto. Grande parte do conhecimento sobre esta tradição, denominada por Asetianismo, são mantidos por uma antiga ordem de mistérios que dá pelo nome de Aset Ka, cuja influência na sociedade ocultista é reconhecida a nível internacional, e cuja sede em Portugal encontra-se localizada na cidade do Porto.
O livro central relativo à tradição vampírica é a Asetian Bible, a Bíblia Asetiana, cuja versão de acesso público foi publicada em 2007 pela Aset Ka e escrita por Luis Marques, um autor de origem Portuguesa reconhecido internacionalmente como especialista em simbologia antiga, mitologia e religião. O texto explora toda a componente filosófica e espiritual da tradição Asetiana, bem como as suas práticas metafísicas e rituais religiosos de origem Egípcia, com grande influência do simbolismo milenar do Médio Oriente. Toda a cultura vampírica é assim analisada ao pormenor, bem como a evolução do arquétipo vampírico desde os tempos antigos até aos modernos e onde a influência do simbolismo vampírico é explorado na forma como influênciou a sociedade ao longo dos tempos.

 

Na Literatura

Voltaire chegou a escreveur uma longa entrada sobre vampiros no seu Dicionário Filosófico. Dessa obra faz parte a seguinte definição de vampiro: "Estes vampiros eram corpos que saem das suas campas de noite para sugar o sangue dos vivos, nos seus pescoços ou estômagos, regressando depois aos seus cemitérios. " Rousseau escreveu também em uma carta ao Arcebispo de Paris: ‘Se alguma vez existiu no mundo uma história provada e digna de crédito, é a dos Vampiros. (…) Não falta nada: autos, certificados de homens notáveis, de cirurgiões, clérigos e juízes. A prova jurídica abarca tudo. Com tudo isto, quem acredita, pois, nos Vampiros?’. Karl Marx compara o capitalista com o vampiro: "o capital é trabalho morto que, como um vampiro, vive somente de sugar o trabalho vivo e, quanto mais vive, mais trabalho suga (…) o prolongamento do dia de trabalho além dos limites do dia natural, pela noite, serve apenas como paliativo. Mal sacia a sede do vampiro por trabalho vivo (…) o contrato pelo qual o trabalhador vendeu ao capitalista sua força de trabalho prova preto no branco, por assim dizer, de que dispôs livremente de si mesmo. Concluído o negócio, descobre-se que ele não era um 'agente livre', que o momento no qual vendeu sua força de trabalho foi o momento no qual foi forçado a vendê-la, que de fato o vampiro não largará a presa 'enquanto houver um músculo, um nervo, uma gota de sangue a ser explorada' (citação de um texto de 1845 de Friedrich Engels).
"Os vampiros mais famosos no campo da literatura e das Artes são Drácula de Bram Stoker,Lestat_de_Lioncourt de Anne Rice e o filme Nosferatu, de Phanton der Natch. A partir de 2000 houve uma nova explosão da literatura vampira, e suas conseqüentes adaptações para o cinema e tv, como por exemplo, a série Diários de Vampiro, da autora L.J. Smith, onde os irmão protagonistas são interpretados por Ian somerhalder e Paul Wesley. Mídias diversas
No Brasil, os mais famosos são Zé Vampir (de Mauricio de Sousa), Bento Carneiro o vampiro brasileiro (personificado por Chico Anysio), o Conde Vlad, personagem da novela Vamp interpretado pelo cômico ator Ney Latorraca, Natasha, a vampira roqueira vivida por Cláudia Ohana, a Liz Vamp filha do Zé do Caixão com uma Vampira cigana inglesa chamada de Elizabeth Hart (Segundo a Liz, o pai não gosta de Vampiros, mas o convenceu a deixar que ela fosse vampira, criando a história que o Zé do Caixão havia tido uma filha com uma vampira) e o Bóris Vladescu o vampiro da época medieval (personificado por Tarcísio Meira).
Em 2000, o escritor brasileiro André_Vianco ganhou visibilidade através de seus livros baseados em histórias de vampiros, como Os Sete, Sétimo, O Vampiro Rei, e outros. Os Livros, todos ambientados no Brasil começam a trama tratando dos Vampiros do rio d'ouro, vampiros medievais portugueses acordados de seu sono vampírico em nossos dias e vai até um futuro "pós-apocalipse vampiro", ganharam um público considerável.

 

Autores

Algumas das obras mais significativas acerca do universo vampírico são as seguintes:
  • John Polidori (The Vampyre, 1819) É geralmente considerado o progenitor da literatura com vampiros. O conto foi escrito em Genebra, por ocasião de uma competição de contos de terror sugerida por Lord Byron.O livro de Polidori teve uma enorme influência em Bram Stoker.
  • H. G. Wells (The Flowering of the Strange Orchild, 1894)
  • Nayla de Souza (Jason Carter, 2005/2009 - Fragmentos de seu diário em sincronismo com a história, relata a descoberta do primeiro amor de um vampiro.)
(Entrevista com Vampiro , 1976)
(O vampiro Lestat,1985)
(A Rainha dos Condenados,1988)
(A História do Ladrão de Corpos ,1992)
(Memnoch ,1995)
(O Vampiro Armand ,1998)
(Merrick ,2000)
(Sangue e Ouro ,2001)
(A Fazenda Blackwood,2002)
(Cântico de Sangue ,2003)
(Os Sete, 2000)
(O Senhor da Chuva, 2001)
(Sétimo, 2002)
(Bento, 2003)
(O Vampiro - Rei Vol.1, 2004)
(O Vampiro - Rei Vol.2, 2005)
(O Turno Da Noite, Os Filhos De Setimo Vol.1, 2006)
(O Turno Da Noite, Revelações Vol.2 2006)
(O Turno Da Noite, O Livro de Jó Vol.3, 2007)
(Vampiros do Rio Douro Vol. 1, 2007)
(Vampiros do Rio Douro Vol. 2, 2007)
(O Clube dos Imortais, 2006)
(Diário da Sibila Rubra, 2008)
(Vampire Academy - O beijo das sombras)
(Frostbite - Aura Negra)
(Shadow Kissed - Sem Nome definido no Brasil)
(Blood Promise - Sem nome definido no Brasil)
(Spirit Bound - Sem nome definido no Brasil)
(Last Sacrifice - Sem nome definido no Brasil)
(Morto até o anoitecer ,Ediouro, 2009)
(Vampiros em Dallas, Arx, 2009)
(Club dead ,2003)
(Dead to the world ,2004)
(Dead as a doornail ,2005)
(Definitely dead ,2006)
(All together dead ,2007)
(From dead to worse ,2008)
(Dead and gone ,2009)
(Dead in the family , 2010)
(A Gangue dos Vampiros, 2010)

 

No cinema

Os vampiros tem uma grande influência no cinema de vários países.
  • Blade - Trilogia
Nesta trilogia, Wesley Snipes interpreta o meio-vampiro (Dhampir) Blade, caçador de vampiros que protege a raça humana.


  • Entrevista com o Vampiro
Clássico do cinema inspirado na obra de Anne Rice, Entrevista com o vampiro conta a historia de Louis de Point du Lac, um belo jovem que é assediado por Lestat. Lestat é um vampiro, que recebeu a maldição sem ao menos saber como funcionava, e desde então todos a quem ele pretende "transformar", é dada a escolha da morte ou da vida eterna como Vampiro.
O filme passa-se durante um relato feito por Louis a um repórter, contando a historia de sua vida ao longo dos séculos. Mostra principalmente o paradoxo vivido por ele, que tendo se tornado um monstro, tenta manter seu lado "humano" soberano.

  • Buffy the Vampire Slayer

     

    Buffy the Vampire Slayer (no Brasil Buffy, a Caça-Vampiros e Portugal Buffy - A Caçadora de Vampiros) é um filme de 1992 dirigido por Fran Rubel Kuzui sobre uma líder de torcida do ensino médio que descobre que seu destino é caçar vampiros. O filme é uma paródia de filmes de terror e seus inúmeros clichés. Foi escrito por Joss Whedon, quem posteriormente criou a mais sombria e aclamada série de televisão do mesmo nome, estrelando Sarah Michelle Gellar como Buffy. O filme teve um sucesso moderado nas bilheterias e recebeu reviews médios dos críticos.


  • Drácula 2000 (A Trilogia)
O início se dá com um grupo de ladrões high tech que prova a inexistência de sistemas de segurança invioláveis. Ao invadir a loja de antigüidades, eles esperam encontrar peças valiosas, ouro e dinheiro. Mas deparam apenas com uma velha cripta de prata e resolvem levá-la embora.
Não têm a menor idéia do que estão carregando e de que vão entrar na maior encrenca de suas existências. Ao retornar à vida, o Drácula (Gerard Butler, de Sua Majestade - Mrs. Brown) moderno passa a buscar a mulher de sua vida, aquela que foi criada para ele.


  • Rainha dos Condenados (Queen of the Damned, 2002)
Continuação do Clássico do cinema inspirado na obra de Anne Rice, Entrevista com o vampiro O vampiro Lestat reinventou a si mesmo e agora é uma grande estrela do rock contemporâneo nos Estados Unidos. Sua música acaba despertando Akasha, a rainha de todos os vampiros, cujo poder é tão grande que para combatê-la todos os vampiros da face da Terra precisarão se unir a fim de evitar sua própria extinção. Mas assim como a música de Lestat inspira Akasha, que deseja fazer dele seu rei, ela também faz com que Jesse, uma jovem fascinada pelo lado negro da vida, se apaixone por Lestat.


  • Anjos da Noite (Underworld, 2003)
O filme conta a história da guerra sangrenta e milenar entre Vampiros e Lycans (lobisomens). A história é a missão de Selene, uma vampira, descobrir porque Michael, um humano, é perseguido pelos lycans. Quando Michael é transformado em lycan, a guerra, até então apagada pela suposta morte de Lucian, o senhor dos Lycans, é novamente travada. No decorrer da história, eles se apaixonam, e infrigem as regras de suas espécies, tornando Michel o primeiro híbrido (metade vampiro, metade lycan, mais forte que ambos) da história.


  • Van Helsing 

     

Van Helsing (br: Van Helsing - o Caçador de Monstros) é um filme americano de terror e aventura, que apresenta uma nova versão da história do Drácula e Fábio [(The Monster)] junto com os seus amigos Bram Stocker, Frankenstein de Mary Shelley, com os recursos da computação gráfica. Filmado principalmente em Praga, teve orçamento de 95 milhões de dólares.

No final do século XIX o mundo encontra-se em ferrenho combate às mais estranhas criaturas e monstros. Cenário sombrio, desconhecido da maioria dos mortais, as forças das trevas são diturnamente combatidas pelas forças do bem - reunidas numa associação secreta que tem como sede o próprio Vaticano.
  • Drácula de Bram Stoker (Bram Stoker's Dracula, 1992)
Conta a história do líder romeno Vlad Tepes (Drácula), que, ao defender a igreja cristã na Romênia contra o ataque dos turcos, tem sua noiva Elisabetha enganada: esta crê que seu amado morreu e então atira-se no rio chamado "Princesa". Vlad, ao retornar da guerra e constatar a morte de sua amada, e condenada ao inferno (pois se matara), renuncia e renega a Deus, à igreja e, jurando só beber sangue a partir daquele momento, sendo assim condenado à sede eterna, ou seja, ao vampirismo. Quatro séculos se passam, e ele redescobre a reencarnação de Elizabetha, em Londres, agora conhecida como Wilhelmina Murray (Mina). Jonathan Harker, noivo de Mina, parte a trabalho para a mansão do Conde Drácula, onde irá vender dez terrenos na área de Londres para este estranho Conde. Lá é feito prisioneiro, enquanto o conde se encaminha à Inglaterra para reencontrar sua amada. O resto do filme consiste em uma busca desesperada e sofrida do amante para reconquistar sua amada. É a mais fiel adaptação do livro de Brem Stoker.


Os Novos Vampiros

Recentemente, vampiros adolescentes têm ocupado muitos títulos nas livrarias. Alguns fogem à tradição, outros são mais fiéis. Dentre as mais famosas séries literárias da atualidade, vale destacar:

 

The Vampire Diaries

 

Lançada originalmente em 1991, tendo como autora Lisa Jane Smith, Diários do Vampiro narra a história dos vampiros Stefan e Damon, que são extremamente charmosos, e vivem um triângulo amoroso com a mortal Elena Gilbert. Podem sim queimar e virar pó ao sol, o que é evitado através do uso de um anel. Recentemente, L.J. Smith acusou a norte-americana Stephenie Meyer de plágio,[6] , por ver similaridades nas sagas vampirescas, uma vez que Smith lançou sua série em 1991 e Meyer em 2005. Em Os Diários do Vampiro, os vampiros dormem e comem, seguindo a tradição destes imortais.

 

Série Crepúsculo

 

Em 2005 uma nova série literária sobre vampiros foi lançada, se tornando rapidamente um fenômeno: a Saga Crepúsculo cuja autoria é de Stephenie Meyer. A história gira em torno de Isabella Swan (Bella), uma adolescente que se muda de Phoenix para Forks, em Washington, e acaba apaixonando-se por Edward Cullen, um vampiro. A série vendeu cerca de 100 milhões de cópias ao redor do mundo.[7] Os vampiros criados por Meyer são bem diferentes do estereótipo dos velhos vampiros, o que foi bastante criticado. Aqui eles não são mortos por alho ou crucifixo, tampouco morrem na luz do sol (eles, na verdade, brilham). São incrivelmente bonitos, morrem apenas esquartejados e em seguida queimados. Outra peculiaridade é que os vampiros que bebem sangue humano têm os olhos vermelho-vivos, enquanto os bons, como a família Cullen e o clã Denali, por beberem sangue animal, têm os olhos dourados.

 

House of Night

No ano de 2007 chegou às livrarias a série House of Night. A história foi criada por P.C. Cast, com co-autoria de sua filha Kristin Cast. O primeiro livro, Marcada, introduz Zoey Redbird, uma adolescente de 16 anos, que é literalmente "Marcada" e tem que se mudar para a Morada da Noite. Com previsão de oito livros, a saga conquistou milhares de fãs.

 

True Blood

 

Charlaine Harris é autora de True Blood. Viu o sucesso chegar quando teve os direitos de adaptação de sua obra adquiridos pela HBO e viu sua série de vampiros transformada em sucesso. Cada livro de sua obra fala sobre Sookie Stackhouse, uma garçonete telepata de Louisiana, amiga de vampiros, lobisomens e diversas outras criaturas estranhas. Na trama, numa nova era de evolução científica, os vampiros conseguiram deixar de ser monstros lendários para se tornarem cidadãos comuns. Essa mudança, que aconteceu do dia para a noite, deve-se a cientistas japoneses, que inventaram um sangue sintético, fazendo com que os humanos deixassem de ser o seu prato principal.

 



 

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

A bruxa ta solta!!! Um pouco de história em décadas bem mais distantes...

Dia das bruxas

 

 

 

 

 

 

 

O Dia das Bruxas (Halloween é o nome original na língua inglesa) é um evento tradicional e cultural, que ocorre nos países anglo-saxônicos, com especial relevância nos Estados Unidos, Canadá, Irlanda e Reino Unido, tendo como base e origem as celebrações dos antigos povos (não existe referências de onde surgiram essas celebrações).

 

História

 

A origem do halloween remonta às tradições dos povos que habitaram a Gália e as ilhas da Grã-Bretanha entre os anos 600 a.C. e 800 d.C., embora com marcadas diferenças em relação às atuais abóboras ou da famosa frase "Gostosuras ou travessuras", exportada pelos Estados Unidos, que popularizaram a comemoração. Originalmente, o halloween não tinha relação com bruxas. Era um festival do calendário celta da Irlanda, o festival de Samhain, celebrado entre 31 de outubro e 2 de novembro e marcava o fim do verão(samhain significa literalmente "fim do verão").
A celebração do Halloween tem duas origens que no transcurso da História foram se misturando:
Origem Pagã
A origem pagã tem a ver com a celebração celta chamada Samhain, que tinha como objetivo dar culto aos mortos. A invasão das Ilhas Britânicas pelos Romanos (46 A.C.) acabou mesclando a cultura latina com a celta, sendo que esta última acabou minguando com o tempo. Em fins do século II, com a evangelização desses territórios, a religião dos Celtas, chamada druidismo, já tinha desaparecido na maioria das comunidades. Pouco sabemos sobre a religião dos druidas, pois não se escreveu nada sobre ela: tudo era transmitido oralmente de geração para geração. Sabe-se que as festividades do Samhain eram celebradas muito possivelmente entre os dias 5 e 7 de novembro (a meio caminho entre o equinócio de outono e o solstício de inverno). Eram precedidas por uma série de festejos que duravam uma semana, e davamo ao ano novo celta. A "festa dos mortos" era uma das suas datas mais importantes, pois celebrava o que para nós seriam "o céu e a terra" (conceitos que só chegaram com o cristianismo). Para os celtas, o lugar dos mortos era um lugar de felicidade perfeita, onde não haveria fome nem dor.A festa era celebrava com ritos presididos pelos sacerdotes druidas, que atuavam como "médiuns" entre as pessoas e os seus antepassados. Dizia-se também que os espíritos dos mortos voltavam nessa data para visitar seus antigos lares e guiar os seus familiares rumo ao outro mundo.
Origem Católica
Desde o século IV a Igreja da Síria consagrava um dia para festejar "Todos os Mártires". Três séculos mais tarde o Papa Bonifácio IV († 615) transformou um templo romano dedicado a todos os deuses (panteão) num templo cristão e o dedicou a "Todos os Santos", a todos os que nos precederam na fé. A festa em honra de Todos os Santos, inicialmente era celebrada no dia 13 de maio, mas o Papa Gregório III(† 741) mudou a data para 1º de novembro, que era o dia da dedicação da capela de Todos os Santos na Basílica de São Pedro, em Roma. Mais tarde, no ano de 840, o Papa Gregório IV ordenou que a festa de Todos os Santos fosse celebrada universalmente. Como festa grande, esta também ganhou a sua celebração vespertina ou vigília, que prepara a festa no dia anterior (31 de outubro). Na tradução para o inglês, essa vigília era chamada All Hallow’s Eve (Vigília de Todos os Santos), passando depois pelas formas All Hallowed Eve e "All Hallow Een" até chegar à palavra atual "Halloween".

 

Etimologia

Posto que, entre o pôr-do-sol do dia 31 de outubro e 1° de novembro, ocorria a noite sagrada (hallow evening, em inglês), acredita-se que assim se deu origem ao nome actual da festa: Hallow EveningHallowe'enHalloween. Rapidamente se conclui que o termo "Dia das bruxas" não é utilizado pelos povos de língua inglesa, sendo essa uma designação apenas dos povos de língua (oficial) portuguesa.

Outra hipótese é que a Igreja Católica tenha tentado eliminar a festa pagã do Samhain instituindo restrições na véspera do Dia de Todos os Santos. Este dia seria conhecido nos países de língua inglesa como All Hallows' Eve.
A relação da comemoração desta data com as fadinhas e cogumelos propriamente ditas teria começado na Idade do gelo no seguimento das perseguições incitadas por líderes políticos e religiosos, sendo conduzidos julgamentos pela Inquisição, com o intuito de condenar os homens ou mulheres que fossem considerados curandeiros e/ou pagãos. Todos os que fossem alvo de tal suspeita eram designados por fadinhas e cogumelos, com elevado sentido negativo e pejorativo, devendo ser julgados pelo tribunal do Santo Ofício e, na maioria das vezes, queimados na fogueira nos designados autos-de-fé.
Essa designação se perpetuou e a comemoração do fadoween, levada até aos Estados desunidos pelos emigrantes fadenses (povo de etnia e cultura celta) no século XIX, ficou assim conhecida como "dia das fadinhas", uma lenda histórica.

Atualmente

 

Se analisarmos o modo como o Halloween é celebrado hoje, veremos que pouco tem a ver com as suas origens: só restou uma alusão aos mortos, mas com um caráter completamente distinto do que tinha ao princípio. Além disso foi sendo pouco a pouco incorporada toda uma série de elementos estranhos tanto à festa de Finados como à de Todos os Santos.
Entre os elementos acrescidos, temos por exemplo o costume dos "disfarces", muito possivelmente nascido na França entre os séculos XIV e XV. Nessa época a Europa foi flagelada pela Peste Negra e a peste bubônica dizimou perto da metade da população do Continente, criando entre os católicos um grande temor e preocupação com a morte. Multiplicaram se as Missas na festa dos Fiéis Defuntos e nasceram muitas representações artísticas que recordavam às pessoas a sua própria mortalidade, algumas dessas representações eram conhecidas como danças da morte ou danças macabras.
Alguns fiéis, dotados de um espírito mais burlesco, costumavam adornar na véspera da festa de finados as paredes dos cemitérios com imagens do diabo puxando uma fila de pessoas para a tumba: papas, reis, damas, cavaleiros, monges, camponeses, leprosos, etc. (afinal, a morte não respeita ninguém). Também eram feitas representações cênicas, com pessoas disfarçadas de personalidades famosas e personificando inclusive a morte, à qual todos deveriam chegar. Possivelmente, a tradição de pedir um doce, sob ameaça de fazer uma travessura (trick or treat, "doce ou travessura"), teve origem na Inglaterra, no período da perseguição protestante contra os católicos (1500 1700). Nesse período, os católicos ingleses foram privados dos seus direitos legais e não podiam exercer nenhum cargo público. Além disso, foram lhes infligidas multas, altos impostos e até mesmo a prisão. Celebrar a missa era passível da pena capital e centenas de sacerdotes foram martirizados.Produto dessa perseguição foi a tentativa de atentado contra o rei protestante Jorge I. O plano, conhecido como Gunpowder Plot ("Conspiração da pólvora"), era fazer explodir o Parlamento, matando o rei, e assim dar início a um levante dos católicos oprimidos. A trama foi descoberta em 5 de novembro de 1605, quando um católico converso chamado Guy Fawkes foi apanhado guardando pólvora na sua casa, tendo sido enforcado logo em seguida. Em pouco tempo a data converteu se numa grande festa na Inglaterra (que perdura até hoje): muitos protestantes a celebravam usando máscaras e visitando as casas dos católicos para exigir deles cerveja e pastéis, dizendo lhes: trick or treat(doce ou travessuras). Mais tarde, a comemoração do dia de Guy Fawkes chegou à América trazida pelos primeiros colonos, que a transferiram para o dia 31 de outubro, unindo a com a festa do Halloween, que havia sido introduzida no país pelos imigrantes irlandeses.Vemos, portanto, que a atual festa do Halloween é produto da mescla de muitas tradições, trazidas pelos colonos no século XVIII para os Estados Unidos e ali integradas de modo peculiar na sua cultura. Muitas delas já foram esquecidas na Europa.

 

Bruxa

 

Uma bruxa é geralmente retratada no imaginário popular como uma mulher velha e encarquilhada, exímia e contumaz manipuladora de Magia Negra e dotada de uma gargalhada terrível. É inegável a conexão entre esta visão e a visão da Hag ou Crone dos anglófonos. É também muito popularizada a imagem da bruxa como a de uma mulher sentada sobre uma vassoura voadora, ou com a mesma passada por entre as pernas, andando aos saltitos. Alguns autores utilizam o termo, contudo, para designar as mulheres sábias detentoras de conhecimentos sobre a natureza e, possivelmente, magia.
Algumas bruxas históricas adquiriram alguma notoriedade, como é o caso chamadas Bruxas de Salem, a Bruxa de Evóra e Dame Alice Kytler (bruxa inglesa). São também bastante populares na literatura de ficção, como nos livros da popular série Harry Potter, nos livros de Marion Zimmer Bradley (autora de As Brumas de Avalon, que versam sobre uma vasta comunidade de bruxos e bruxas cuja maioria prefere evitar a magia negra, ou a trilogia sobre as bruxas Mayfair, de Anne Rice.
As bruxas foram implacavelmente caçadas durante a inquisição na Idade Média. Um dos métodos usados pelos inquisidores para identificar uma bruxa nos julgamentos do Santo Ofício consistia na comparação do peso da com o peso de uma Bíblia gigante. Aquelas que fossem mais leves eram consideradas bruxas, pois dizia-se que as bruxas adquiriam uma leveza sobrenatural. Frequentemente as bruxas são associadas a gatos pretos, que dentre as Bruxas Tradicionais são os chamados Puckerel, muitas vezes tidos como espíritos guardiões da Arte da Bruxas, que habitam o corpo de um animal. Estes costumam ser designados na literatura como Familiares.
Diziam que as bruxas voavam em vassouras a noite e principalmente em noites de lua cheia, que faziam feitiços e transformavam as pessoas em animais e que eram más.
Hoje em dia essas antigas superstições como a da bruxa velha da vassoura na lua cheia já foram suavizadas, devido à maior tolerância entre religiões, sincretismo religioso e divulgação do paganismo. Gerald Gardner tem destaque nesse cenário como o pai da Religião Wicca- A Religião da Moderna Bruxaria Pagã, formada por pessoas que são Bruxos/as mas que utilizam a "Arte dos Sábios" ou a "Antiga Religião" mesclada a práticas e conhecimentos de outras tradições. A classificação de magia como negra e branca´não existe para os bruxos, pois se fundamentam nos conceitos de bem e mal, que não fazem parte de suas crenças, por isso, como costumam dizer, toda magia é cinza.
A Arte das Bruxas como era feita antes é chamada de Bruxaria Tradicional, ainda remanescendo até os dias atuais em grupos seletos, via de regra ocultos. Hoje também pode-se encontrar uma vasta quantidade de livros e sites que explicam a "Antiga Religião" mas geralmente se tratam de Wicca, pois os membros de grupos de Bruxaria Tradicional costumam preferir o ostracismo, revelando-se publicamente apenas em ocasiões especiais ou para que novos candidatos os localizem.
Em algumas regiões do Brasil o termo também pode ser usado para designar uma mariposa (traça em Portugal) grande e de coloração escura. Talvez por associar-se a imagem da borboleta a uma imagem humanóide feminina como as fadas e, assim, remeter a imagem da mariposa à de uma senhora de idade avançada, de vestes escuras e de hábitos noturnos - a bruxa.

História

 

À afirmativa de existência de bruxas à forma retratada em registros da Idade Média, incluindo histórias infantis que permaneceram em evidência até os dias atuais, admite-se uma ressalva: elas parecem ter existido apenas no imaginário popular como uma velha louca por feitiços enigmáticos, surgidas na esteira de uma época dominada por medos, quando qualquer manifestação diversa ou mesmo a crença na inexistência de bruxas da forma retratada pelas autoridades clericais era implacavelmente perseguida pela Igreja.
A feitiçaria já era citada desde os primeiros séculos de nossa era. Autores como o filósofo grego Lucius Apuleius (123-170), fazia alusão a uma criatura que se apresentava em forma de coruja (lilith), que na verdade era uma forma descendente de certas mulheres que voavam de madrugada, ávidas de carne e sangue humanos.
Para os intelectuais, estes acontecimentos não passavam do imaginário popular, sonhos, pesadelos e, assim, recusavam-se a admitir a existência de bruxas. Porém, entre muitos povos não era assim: os éditos dos francos salianos falavam da Estrige como se ela existisse de fato. Os penitenciais atestavam a crença nessas mulheres luxuriosas. No início do século XI Burchard, o bispo de Worms, pedia aos padres que fizessem perguntas às penitentes, no intuito de descobrir se eram seguidoras de Satã, (…) se tinham o poder de matar com armas invisíveis cristãos batizados (…) Se sim, quarenta dias de jejum e sete anos de penitências.
Até ao século XIII a Igreja não condenava severamente esse tipo de crendice. Mas, nos século XIV e XV, o conceito de práticas mágicas, heresias e bruxarias se confundiam no julgo popular graças à ignorância. Eram, em geral, mulheres as acusadas. Hereges, cátaros e templários foram violentamente condenados pela Inquisição, tomando a vez aos judeus e muçulmanos, que eram os principais alvos da primeira inquisição (século XIII). Curiosamente, foi exatamente a partir da primeira inquisição que iconografia cristã passou a representar o "Arcanjo Decaído" não mais como um arcanjo, mas com a aparência de deuses pagãos, como Pã e Cernunnos. Tal fato levou, séculos após, à suposição de que bruxas eram adoradoras do demônio, o que não faz sentido, uma vez que a figura do demônio faz parte do dogma cristão, não pertencendo às crenças pagãs e nem existindo personagem de caráter equivalente ao diabo em qualquer panteão pagão. O uso alternativo do nome Lúcifer para designar o mal encarnado, na visão cristã, agravou a ignorância a respeito do culta das bruxas, uma vez que o nome Lúcifer, pela raiz latina, representa portador/fabricante da luz (Lux Ferre), inescapável semelhança ao mito grego de Prometeu, que roubou o fogo dos céus para trazê-lo aos homens.
O movimento de repressão à bruxaria, iniciado na Idade Média, alcançou maior intensidade no século XV, para, na segunda metade do século XVII, ter diminuída sua chama: o número de processos de feitiçaria no norte da França aumentou de 8, no século XV, para 13 na primeira metade do século XVI, e 23 na segunda metade, chegando a 16 na primeira metade do século XVII, diminuindo para 3 na segunda metade daquele século, e para um único no seguinte. (Claude Gauvard - membro do Institut Universitaire de France).
Em 1233, o Papa Gregório IX admitiu a existência do sabbat e esbat. O Papa João XXII, em 1326, autorizou a perseguição às bruxas sob o disfarce de heresia. O Concílio de Basileia (1431-1449) apelava à supressão de todos os males que pareciam arruinar a Igreja.
Uma psicose se instalou. Comunidades do centro-oeste da França acusavam seus membros de feitiçarias. Na Aquitânia (1453) uma epidemia provocou muitas mortes que foram imputadas à mulheres da região, de preferência as muito magras e feias. Presas, submetidas a interrogatórios e torturadas, algumas acabavam por confessar seus crimes contra as crianças, e condenadas à fogueira pelo conselheiro municipal. As que não confessavam eram, muitas vezes, linchadas e queimadas pela multidão, irritada com a falta de condenação.
Os tratados demonológicos e os processos de feitiçaria se multiplicaram, por volta de 1430, marcando uma nova fase da história pré-iluminista, de trágicas dimensões. Em 1484, o Papa Inocêncio VIII promulgou a bula Summis desiderantes affectibus, confirmando a existência da bruxaria. Em 1486 a publicação do Malleus maleficarum ("Martelo das Bruxas"), que originou a caça às bruxas, mais do que obras anteriores, associava a heresia e a magia à feitiçaria.
A Inquisição, instituída para combater a heresia, agravou a turba de seguidores inspirados por Satã. Havia, ainda, um componente sexista. Os bruxos existiam, mas eram as mulheres, sobretudo, que iam queimadas nas fogueiras medievais.
Em 1602 Anton Praetorius, um teólogo alemão calvinista, teve de publicar o livro "Gründlicher Bericht von Zauberey und Zauberern" ("Relatório profundo da magia, mágicos e feiticeiros") contra a quimera da bruxaria e tortura.


 

 


 


 

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Sem humor não tem graça!!! =D

Charlie Chaplin

 

Charles Spencer Chaplin Jr., KBE (Londres, 16 de Abril de 1889Corsier-sur-Vevey[1] , 25 de Dezembro de 1977), mais conhecido como Charlie Chaplin, foi um actor, diretor, produtor, dançarino, roteirista e músico britânico. Chaplin foi um dos atores mais famosos do período conhecido como Era de Ouro do cinema dos Estados Unidos.

Além de atuar, Chaplin dirigiu, escreveu, produziu e eventualmente compôs a trilha sonora de seus próprios filmes, tornando-se uma das personalidades mais criativas e influentes da era do cinema mudo. Chaplin foi fortemente influenciado por um antecessor, o comediante francês Max Linder, a quem ele dedicou um de seus filmes. Sua carreira no ramo do entretenimento durou mais de 75 anos, desde suas primeiras atuações quando ainda era criança nos teatros do Reino Unido durante a Era Vitoriana quase até sua morte aos 88 anos de idade. Sua vida pública e privada abrangia adulação e controvérsia. Juntamente com Mary Pickford, Douglas Fairbanks e D. W. Griffith, Chaplin co-fundou a United Artists em 1919.
Em 2008, em uma resenha do livro Chaplin: A Life, Martin Sieff escreve: "Chaplin não foi apenas 'grande', ele foi gigantesco. Em 1915, ele estourou um mundo dilacerado pela guerra trazendo o dom da comédia, risos e alívio enquanto ele próprio estava se dividindo ao meio pela Primeira Guerra Mundial. Durante os próximos 25 anos, através da Grande Depressão e da ascensão de Hitler, ele permaneceu no emprego. Ele foi maior do que qualquer um. É duvidoso que algum outro indivíduo tenha dado mais entretenimento, prazer e alívio para tantos seres humanos quando eles mais precisavam."[3]
Por sua inigualável contribuição ao desenvolvimento da sétima arte, Chaplin é o mais homenageado cineasta de todos os tempos, sendo ainda em vida condecorado pelos governos britânico (Cavaleiro do Império Britânico) e francês (Légion d 'Honneur), pela Universidade de Oxford (Doutor Honoris Causa) e pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas dos Estados Unidos (Oscar especial pelo conjunto da obra, em 1972).
Seu principal e mais conhecido personagem é conhecido como Charlot, na França e no mundo francófono, na Itália, Espanha, Portugal, Grécia, Romênia e Turquia, e como Carlitos ou também "O Vagabundo" (The Tramp) no Brasil, um andarilho pobretão que possui todas as maneiras refinadas e a dignidade de um cavalheiro (gentleman), usando um fraque preto esgarçado, calças e sapatos desgastados e mais largos que o seu número, um chapéu-coco ou cartola, uma bengala de bambu e - sua marca pessoal - um pequeno bigode-de-broxa.
Chaplin foi uma das personalidades mais criativas que atravessou a era do cinema mudo; atuou, dirigiu, escreveu, produziu e financiou seus próprios filmes. Foi também um talentoso jogador de xadrez e chegou a enfrentar o campeão estadunidense Samuel Reshevsky.


 

 

Laurel and Hardy

 

Laurel and Hardy (br: O Gordo e o Magro; pt: O Bucha e Estica) foi uma famosa dupla de comediantes e uma das equipes cômicas mais populares do cinema dos Estados Unidos, em atividade desde o cinema mudo até meados da Era de Ouro de Hollywood. Composta por um magro, o inglês Stan Laurel (1890–1965) e um gordo, o americano Oliver Hardy (1892–1957), a dupla tornou-se conhecida durante as décadas de 1920 e 1930 pelo seu trabalho em filmes de comédia e também apareceram em apresentações teatrais na América e na Europa.
Os dois comediantes trabalharam juntos pela primeira vez no filme mudo The Lucky Dog (1921). Após um período aparecendo separadamente em vários curta-metragens no estúdio de Hal Roach durante a década de 1920, eles começaram a atuar juntos em 1926. Laurel e Hardy tornaram-se oficialmente uma dupla no ano seguinte, e logo se tornaram as estrelas mais lucrativas de Hal Roach. Entre seus filmes mais populares e bem sucedidos estão os longa-metragens Filhos do Deserto (1933), Dois Caipiras Ladinos (1937), e A Ceia dos Veteranos (1938) e os curtas Negócio de Arromba (1929), Liberdade e Seus Perigos (1929) e Caixa de Música (1932), este último vencedor do Oscar de Melhor Curta-Metragem (Comédia).
A dupla deixou o estúdio de Roach em 1940, e apareceram em oito comédias "B" da 20th Century Fox e Metro-Goldwyn-Mayer de 1941 até 1944. Decepcionados com os filmes em que tinham pouco controle criativo, de 1945 a 1950, a dupla não apareceu em nenhuma produção cinematográfica e se concentrou em suas apresentações teatrais, embarcando em uma turnê pela Inglaterra, Irlanda e Escócia. O último filme d'O Gordo e o Magro foi Atoll K (1951), e depois se aposentaram das telonas. No total, eles apareceram juntos em 106 filmes, sendo 40 curtas sonoros, 32 curtas mudos e 23 longa-metragens, e nos outros 11 filmes fizeram pequenas pontas.


 

Topo Gigio

 

O Topo Gigio é uma personagem de um programa infantil, criada na Itália, em 1958, por Maria Perego.
Topo Gigio é um rato com uma personalidade infantil, muito popular na Itália durante várias décadas. Atua regularmente no concurso Sequim d'Ouro. Fora da Itália, Topo Gigio já fez parte de outros programas de televisão como o Ed Sullivan's Show, nos Estados Unidos, ou Topo Gigio and the Missile War (1966, dir. Kon Ichikawa) e Nippon Animation (1988), um cartoon, no Japão. Fez, também, sucesso no Brasil, em programas apresentados por Agildo Ribeiro em 1969, e em Portugal, em 1979, num programa televisivo apresentado por Rui Guedes e onde António Semedo lhe dava a voz. Mais recentemente, na década de 1990, entrou em programas como o Big Show Sic, de João Baião.
Na década de 1980, o Topo Gigio voltou à TV brasileira na Rede Bandeirantes, em 1983 com o programa "Boa Noite Amiguinhos" e novamente em 1987, agora em parceria com o ator Roberto Petráglia, chamado pelo Topo Gigio de Dick Petra. Nessa época também foram lançados no Brasil dois LPs com o Topo Gigio: "Topo Gigio no Brasil" em 1987 e "Topo Gigio Volume 2" em 1988. Ainda em 1987, um filme foi produzido pela TV Bandeirantes: "Topo Gigio - No Castelo do Conde Drácula".





 

The Muppet Show

 

The Muppet Show (em Portugal: Os Marretas) foi um programa de televisão infanto-juvenil, estrelado pelos muppets, produzido por Jim Henson e sua equipe entre 1976 a 1981.
O show teve cinco temporadas, sem contar com dois episódios especiais piloto (The Muppets Valentine Show e The Muppet Show: Sex and Violence), um especial de natal para televisão (A Muppet Family Christmas) e seis filmes (The Muppet Movie, The Great Muppet Caper, The Muppet Christmas Carol, Muppet Treasure Island, Muppets From Space e The Muppets' Wizard of Oz).

 

 

 

Personagens

  • Caco, o Sapo ou Cocas em Portugal, (Jim Henson) - O sapo que apresenta o show e tem que comandar a insana trupe que em todo episódio se vê com algum problema diferente.
  • Rowlf, o Cachorro (Jim Henson) - O simpático cachorro que toca piano e faz o papel do Dr. Bob em Hospital dos Descabeçados.
  • Urso Fozzie (Frank Oz) - Um urso aprendiz de comediante. Infelizmente suas piadas não são realmente lá muito boas.
  • Miss Piggy (Frank Oz) - Auto-proclamada namorada do Caco, uma talentosa porca que também aparece nos segmentos Porcos no Espaço e Hospital dos Descabeçados.
  • Gonzo (Dave Goelz) - Uma criatura exêntrica tanto na aparência quanto na personalidade. O Grande Gonzo sempre faz os números mais bizarros e perigosos do show, porque é isso que ele adora fazer!
  • O Cozinheiro Sueco (Jim Henson) - O ininteligível cozinheiro que ensina receitas não muito ordinárias.
  • Dr. Bunsen Honeydew (Dave Goelz) - Cientista que está sempre inventando engenhocas que raramente funcionam direito.
  • Beaker (Richard Hunt) - O pobre assistente do cientista. É a cobaia em todas as experiências.
  • Sam, a Águia (Frank Oz) - Uma águia careca que sempre tenta trazer mais cultura ao show... Sem sucesso.
  • George, o Zelador (Frank Oz) - O rabugento zelador do teatro.
  • Beauregard (Dave Goelz) - O novo zelador Beauregard substituiu George na terceira temporada. Beau é mais calmo e relaxado, mas também é menos inteligente.
  • Scooter (Richard Hunt) - O assistente do Caco. Seu tio é o dono do teatro.
  • Capitão Link Hogthrob (Jim Henson) - O não tão corajoso porco capitão da tripulação em Porcos no Espaço.
  • Dr. Julius Strangepork (Jerry Nelson) - O respeitável porco cientista da tripulação em Porcos no Espaço.
  • Dr. Dentuço (Jim Henson) - Líder e tecladista da banda Electric Mayhem.
  • Floyd (Jerry Nelson) - Vocalista e baixista da banda.
  • Janice (Richard Hunt) - Guitarrista da banda.
  • Animal (Frank Oz) - Baterista da banda.
  • Zoot (Dave Goelz) - Saxofonista da banda.
  • Statler (Richard Hunt) - Junto com Waldorf, assite todos os episódios do show, gosta de criticar e tirar sarro de tudo.
  • Waldorf (Jim Henson) - Junto com Statler, assiste todos os episódios do show, mas costuma cair no sono o tempo todo.
  • Sweetums (Richard Hunt) - Um monstro comilão que possui uma aparência horrível, mas uma personalidade gentil e prestativa.
  • Robin (Jerry Nelson) - Sobrinho do Caco e melhor amigo de Sweetums, vem sempre visitá-los no teatro.
  • Pops (Jerry Nelson) - O porteiro do teatro.
  • Tio Morto (Jerry Nelson) - Costumava trabalhar no teatro antes da chegada dos muppets, agora vive lá e tenta expulsás-los.
  • Wayne (Richard Hunt) e Wanda (Eren Ozker) - Um casal de cantores que nunca terminam suas canções. Eren Ozker, intérprete de Wanda, saiu do programa após a primeira temporada, fazendo com que Wayne fizesse aparições solo em alguns episódios da 3ª temporada. Kathy Mullen, terceira mulher a participar do show (a primeira foi Eren Ozker e a segunda Louise Gold), fez a voz de Wanda na única aparição dela da quarta temporada.

 



Vila Sésamo

Vila Sésamo foi uma série de televisão, uma versão brasileira baseada no programa infantil norte-americano Sesame Street (criado pela Children’s Television Workshop de Nova York, baseado em opiniões e conceitos emitidos por técnicos de educação e agência de publicidade).

O programa

O seriado infantil começou a ser transmitido em 12/10/1972. A ideia de criar a adaptação do Sesame Street foi de José Bonifácio de Oliveira Sobrinho (Boni), então diretor da Central Globo de Produções (uma divisão da Rede Globo), e de Claudio Petraglia, diretor da TV Cultura de São Paulo. Na época, a Rede Cultura e a Rede Globo estavam bastante interessadas em adaptar o programa norte-americano. Como a Rede Globo inicialmente não tinha estúdios para filmar o seriado, foi criada uma parceria entre as emissoras. Eis o motivo de Vila Sésamo ter sido exibida pelas duas emissoras até 1974, quando a TV Globo assumiu totalmente a produção do programa.
Conseguidos os direitos da Children's Television Workshop, Vila Sésamo teve sua estréia na TV. Era exibido às 10h45 e 16h, e durava de meia a uma hora. Era um programa que trazia noções educativas para as crianças, mas de um modo que não fosse chato, que mesclava a educação com a diversão e uma boa dose de humor. O cenário, era uma vila onde pessoas e bonecos conviviam com crianças. Ao longo das três fases do programa, eram abordados temas diferentes como as letras, os números, as cores,a higiene, o respeito no trânsito, e outros. Tudo isso acompanhado de desenhos animados e canções compostas pelos irmãos Marcos e Paulo Sérgio Valle.
Foi a partir de 1973 que Vila Sésamo foi completamente nacionalizada. Foi nesse ano que surgiram as versões brasileiras dos famosos bonecos Garibaldo, Gugu e Funga-Funga. Uma outra novidade era as participações de crianças carentes entre 3 e 10 anos. As únicas cenas não produzidas no Brasil eram as de Ênio e Beto, personagens do Sesame Street.
Com o tempo, surgiram novas temáticas, novos personagens. Foi um grande sucesso infantil na TV brasileira. Vila Sésamo só deixou de ser exibida em 1977, por causa dos altos custos da produção e também pelo fim do contrato com a emissora norte-americana. Sua última exibição foi em 04/03/1977.

 

Personagens

O cenário de Vila Sésamo era uma vila operária onde conviviam crianças, adultos e bonecos. Muitos destes personagens são lembrados até hoje pelas pessoas que assistiram o seriado quando crianças.
Havia Garibaldo, um pássaro gigante bastante levado e desengonçado,que adorava aprender coisas novas. Ele vivia discutindo com Gugu, um boneco bem mal-humorado, que não gostava de sair do barril em que morava. Também existia o Funga-Funga, um elefante bem estranho, que adorava cantar e vivia deprimido, pois não o viam como gente. Era o amigo imaginário de Garibaldo, portanto só aparecia para o amigo e para as crianças.
Além dos bonecos, existiam os personagens adultos. Há Juca, um operário que sabia consertar qualquer coisa; ele era casado com Gabriela, uma moça graciosa, que gostava de praticar ginástica e era uma grande cozinheira. Havia Ana Maria, a professora da escolinha de Vila Sésamo, bastante animada e divertida, era a namorada de Antônio, um motorista de caminhão. Ainda existia o Seu Almeida, dono da venda da vila.
Esses eram os principais personagens do programa, mas ao longo das três fases, Vila Sésamo recebia cada vez mais personagens, pois ainda haviam o Edifício, o Professor Leão, o Bruno, o Jujuba, o Marinheiro, o Bidu e muitos outros.


El Chavo del Ocho

 

 

El Chavo del Ocho (Chaves, no Brasil) é uma famosa comédia de televisão mexicana exibida originalmente entre 20 de junho de 1971 e janeiro de 1992. A série foi criada e estrelada pelo dramaturgo Roberto Gómez Bolaños, que também produziu a série ao lado de Enrique Segoviano, nos estúdios da rede de televisão mexicana Televisa. Foi exibido e reprisado originalmente no Brasil pelo SBT, até os dias de hoje, com alguns cortes. Na América Latina, a música-tema da série foi "The Elephant Never Forgets" ("O elefante nunca se esquece", traduzido em português), versão lúdica de As Ruínas de Atenas, obra de Ludwig van Beethoven. Ela alcançou fama notória, depois de ter sido modificado em 1967 por Jean-Jacques Perrey (nascido em 1929) e Gershon Kingsley (em 1922), que são pioneiros no campo da música eletrônica. Apesar de possuir aproximadamente 250 episódios em seu acervo, a emissora brasileira SBT somente exibe aproximadamente 120 episódios, ocultando os outros por supostos defeitos de imagem e áudio, apesar de vários fan-clubes afirmarem e provarem que os episódios estão intactos e perfeitos para exibição.
El Chavo é um dos nomes mais populares do século XX no que se refere ao ramo da comédia.


História

A série conta a história de um garoto órfão e muito humilde, que é conhecido simplesmente como "El Chavo" (no Brasil, "Chaves"). O garoto vive na periferia de uma grande cidade, e seu "esconderijo" é um barril localizado no pátio principal da vila onde reside. Lá, ele deve conviver com os particulares moradores e vizinhos, com os quais sempre está envolvido em divertidas situações. A sitcom tem crítica social e mostra em forma de comédia a convivência com os vizinhos, satirizando atitudes dos seres-humanos com piadas rápidas e inteligentes durante cada episódio. Segundo o criador, produtor e intérprete da série (Roberto Gómez Bolaños), no livro O Diário do Chaves (lançado em 2006), o garoto havia fugido de um orfanato do qual a mãe o havia deixado bem pequeno, já que lá não se sentia feliz. Foi então que encontrou uma "vila", e uma senhora sozinha, muito idosa, o abrigou no apartamento número 8, junto a ela. Mas logo ela faleceu e Chaves teve que ser despejado, morando então dentro do Barril. Mas para todos, continuava dizendo que morava no apartamento 8. Somente com o lançamento desse livro foi revelado este "enígma" da série.



 

Os Trapalhões

Os Trapalhões foi um famoso grupo humorístico brasileiro que obteve sucesso na televisão e no cinema desde meados da década de 1960 até por volta de 1990. O grupo era composto por Didi Mocó (Renato Aragão), Dedé Santana, Mussum e Zacarias; cada um desenvolveu uma persona cênica distinta.
O quarteto tinha um programa de televisão homônimo criado por Wilton Franco, que estreou em março de 1977, antes do Fantástico. Exibido aos domingos, o programa apresentava uma sucessão de esquetes entremeados sem aparente conexão, exceto a presença d'Os Trapalhões. Um dos maiores fenômenos de popularidade e audiência no Brasil em toda a história, Os Trapalhões entrou para o Livro Guinness de Recordes Mundiais como o programa humorístico de maior duração da televisão, com trinta anos de exibição.
O primeiro filme d'Os Trapalhões, Na Onda do Iê-Iê-Iê (1965), contava apenas com a dupla Didi e Dedé. Com o quarteto clássico, foram produzidos vinte e um filmes, começando com Os Trapalhões na Guerra dos Planetas (1978) até Uma Escola Atrapalhada (1990). Mais de cento e vinte milhões de pessoas já assistiram aos filmes d'Os Trapalhões, sendo que sete destes filmes estão na lista das dez maiores bilheterias do cinema brasileiro.
O nome trapalhão é derivado do verbo atrapalhar, que significa o oposto de ajudar ou fazer alguma coisa da maneira errada. O nome trapalhão tornou-se tão famoso que acabou sendo usado, no Brasil, em títulos de vários filmes estrangeiros de comédia, na tentativa de atrair mais público. Isso ocorreu com alguns filmes de Jerry Lewis, Woody Allen e Peter Sellers.

Protagonistas

  • Didi (Renato Aragão): Um esperto cearense com linguajar e aparência bastante cômicos, e que poucas vezes terminava as cenas com má sorte ou como perdedor, tanto enfrentando inimigos como seus próprios três companheiros. Apesar de ser o líder do grupo, em certas cenas é considerado pelos seus três companheiros como o membro de menor importância. Era apelidado de "cardeal", "cearense", "cabecinha" ou "cabeça-chata", referindo-se à sua condição de retirante nordestino.
  • Dedé (Dedé Santana): Era o que agia com mais seriedade e considerado o cérebro do grupo, sendo uma espécie de "segundo no comando". Sua masculinidade era sempre ironizada por Didi, que criava apelidos como "Divino".
  • Mussum: Um bem-humorado carioca negro que tinha orgulho de dizer que era natural do Morro da Mangueira, uma comunidade do Rio de Janeiro. Possuía um linguajar bastante peculiar, sempre empregando o "is" no final de quase todas as palavras, criando assim os bordões "cacildis" e "forévis". Sua maior paixão é a cachaça, a qual ele chama de "mé" (ou "mel"). Devido ao fato de ser negro, era sempre alvo de piadas e apelidos, como ser chamado ironicamente de Maizena por Didi, ou mesmo "azulão", "Mumu da Mangueira" ou "cromado".
  • Zacarias: Um tímido e baixinho mineiro com personalidade infantil e voz bastante fina, como a de uma criança. Por ser calvo, sempre usava uma peruca.

[editar] Coadjuvantes

O principal elenco de coadjuvantes, devido aos vários anos nos quais participaram do programa, era.
  • Carlos Kurt: um homem louro, às vezes barbudo, intimidador, alto e com olhos enormes, que frequentemente representava vilões, valentões e outros personagens inimigos dos Trapalhões. Era frequentemente apelidado por Didi como "bode louro", "alumão" (alemão) e "macarrão de hospital". Faleceu em 2003.
  • Roberto Guilherme: um homem obeso e calvo que, assim como Carlos Kurt, também se destacou no programa interpretando papéis antagonistas. Seu principal trabalho foi dar vida ao seu mais famoso personagem, o Sargento Pincel.
  • Dino Santana: irmão de Dedé Santana. Representava personagens anônimos e sem destaque, o que talvez torne difícil seu reconhecimento por parte do público. Foi coadjuvante não só no programa dos Trapalhões até o ano final (1993), mas também em alguns filmes do quarteto, como Os Trapalhões e o Mágico de Oróz, no qual representou o personagem Beato do deserto.
  • Ted Boy Marino: um lutador de luta-livre com um cabelo bem similar ao do personagem He-Man e sotaque espanhol.
  • Tião Macalé: um dos mais famosos coadjuvantes. Um homem negro com um sorriso sem-dentes, que quase sempre encerrava suas participações nas cenas com a frase "Nojento!", frase que o fez famoso no Brasil.

História

Estreou em 1966, na TV Excelsior de São Paulo com o nome Adoráveis Trapalhões. Reunia na sua fórmula quatro tipos: o galã Wanderley Cardoso, o diplomata Ivon Cury, o estourado Ted Boy Marino e o palhaço Renato Aragão, o "Didi Mocó", além de Manfried Sant'anna, o "Dedé Santana". Com a saída de alguns desses integrantes, e a entrada do sambista participante de Os Originais do Samba Antônio Carlos Bernardes Gomes, o "Mussum", e de Mauro Faccio Gonçalves, o "Zacarias", consolidou-se o grupo que iria mais tarde tornar-se um dos quadros mais famosos da TV brasileira.
Na TV Record, o programa foi chamado "Os Insociáveis", o que desagradava Renato Aragão. Ao passar para a TV Tupi, ele fez com que o nome de "Os Trapalhões" se fixasse como sendo o do grupo (também incluiu Zacarias, no lugar de Roberto Guilherme, que antes completava o quarteto como "Beto"). Ali, Os Trapalhões conseguiram maior audiência em seu horário do que o quase sempre líder de audiência Fantástico, na cidade de São Paulo. Mas a antiga emissora já apresentava muitas dificuldades financeiras, o que trouxe inúmeros problemas aos artistas. Finalmente, o programa foi para a Rede Globo em 1977, onde conseguiu um sucesso duradouro.

Estreia na TV Globo

Em 1977, o diretor de operações da TV Globo, José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, o Boni, convidou os Trapalhões para levar seu programa para a emissora. Renato Aragão conta que temia aceitar a proposta. Afinal, na Tupi, ele tinha toda a liberdade para ser irreverente o quanto quisesse. A Globo era conhecida pelo seu famoso padrão de qualidade, e o humorista não tinha certeza se os Trapalhões se encaixariam nele. Para não ter que recusar formalmente a proposta, ele chegou a fazer uma lista de exigências de três páginas na qual determinava quais seriam o diretor, redator e o horário do programa. Para sua surpresa, Boni aceitou sem questionamentos as exigências. Os Trapalhões mudaram, então, de emissora.Depois de dois especiais exibidos dentro da faixa de programação Sexta super, às 21h, em janeiro e fevereiro, Os Trapalhões estreou em março de 1977, aos domingos, antes do Fantástico. O programa apresentava uma sucessão de esquetes entremeados com números musicais, exibidos sem aparente conexão, exceto a presença dos próprios Trapalhões.
Um quadro mais longo, cheio de ação e diálogos, podia ser seguido por uma sucessão de gags visuais curtas e um quadro fixo como o Trapaswat, uma paródia do seriado americano SWAT. O diretor Augusto César Vannucci citava as chanchadas e a comédia pastelão como principais referências, mas não havia um formato pré-estabelecido. Segundo Renato Aragão, qualquer ideia podia virar um esquete a qualquer momento. Ele conta que, certa vez, a caminho do estúdio, ouviu no rádio a canção Teresinha, de Chico Buarque. Achou que a letra – a história de vários amores do ponto-de-vista de uma mulher – daria um quadro para Os Trapalhões. Ao chegar ao Teatro Fênix, onde era gravado o programa, escreveu ele próprio o esquete e, no mesmo dia, gravou uma espécie de videoclipe satírico no qual o quarteto interpretava os personagens da música.Foi a primeira de uma série de paródias de musicais que marcaram o humorístico. Os Trapalhões também costumavam participar dos números dos cantores convidados. Quando Ney Matogrosso foi ao programa, Didi estava trajando figurinos e maquiagem idênticos aos dele, por exemplo. Situação parecida aconteceu em outras ocasiões com outros artistas, como Elba Ramalho e Tony Tornado. o
O programa também tinha outros atores fixos que não faziam parte do quarteto principal: o hilariante Tião Macalé (que imortalizou o bordão "Ih! Nojento!"), Jorge Lafond (que satirizava os homossexuais), Emil Rached (o gigante atrapalhado de 2,23 m), Carlos Kurt (o "alemão" de olhos esbugalhados e sempre mal-humorado), Felipe Levy (frequentemente no papel de "chefe" ou "comandante"), Roberto Guilherme (o eterno "Sargento Pincel", quase o quinto trapalhão, uma vez que acompanhou o grupo em toda sua trajetória), Dino Santanna (irmão de Dedé Santanna), o anão Quinzinho entre muitos outros.